Promotor
Universidade de Coimbra // Teatro Académico de Gil Vicente
Sinopse
A trama parece simples: duas criadas que conspiram, motivadas por uma miscelânea de ódio oculto e admiração declarada, contra a patroa. Mas é na rede intricada de emoções que a peça ganha especial interesse. Clara e Solange executam rituais “faz-de-conta” em que uma “é” a Senhora e a outra a criada; estes servem para purgar ou, pelo menos, reorganizar um puzzle de motivações sociais (e, por consequência, emocionais), mas dificilmente conseguem conduzi-las ao desfecho desejado (assassinato – ou simulação? –da irmã que se veste de Senhora).
A Senhora é um personagem em agonia, movido por uma sorte de atitude de auto-martirização (derivada do fato de o marido estar preso injustamente), disposta aos maiores sacrifícios em prole do amor.
A relação entre as três é marcada por uma dicotomia atroz para as duas irmãs: por um lado, a Senhora mostra uma aspereza displicente, como se elas fossem de outra “espécie”, por outro, diz que as criadas são como suas filhas e que terão direito à sua herança.
Ficha Artística
Versão original (1947) de Jean Genet
Tradução Luísa Costa Gomes
Encenação Simão Do Vale
Interpretação Cristina Carvalhal, Joana Africano, Teresa Arcanjo
Assistência de Encenação Manuel Tur
Música Original e Sonoplastia Francisco Pessanha
Cenografia e Figurinos Bernardo Monteiro
Desenho de Luz Rui Simão
Desenho de Som Joel Azevedo
Direção de Produção Catarina Rêgo de Mesquita
Documentação fotográfica do projeto Diana Lopes
Coprodução Teatro Nacional São João e Subcutâneo