Promotor
Universidade de Coimbra // Teatro Académico de Gil Vicente
Sinopse
Foi em Outubro do ano passado, eu estava a fumar um cigarro à entrada de um prédio, em Beit Jala, na Palestina. Em frente, três miúdos jogavam à bola, do outro lado do muro, Israel. Ele aproximou-se e perguntou: “Já viste o que está ali escrito?” Eu respondi: “Onde?” E ele apontando para o muro, disse: “Abre-te Sésamo”.
O processo de criação de Urândia Aragão decorreu em Portugal, Palestina, República Democrática do Congo, África do Sul, Alemanha, Peru e Eslovénia. Ao longo da pesquisa foi recolhendo histórias e testemunhos pessoais que desvelaram as diversas fronteiras entre os lugares e as pessoas. Partindo de uma reflexão acerca dos direitos humanos e não-humanos, a peça questiona o óbvio através da liberdade de o voltar a imaginar, à semelhança das rimas numa fábula, procura descodificar os enigmas da linguagem e abrir uma passagem… como que por magia!
Urândia Aragão é uma artista interdisciplinar que tem vindo a desenvolver o seu trabalho na área do Design e das Artes Performativas. Na sua pesquisa confronta disciplinas como o (desenho, a fotografia, o vídeo e a escrita) na relação com o corpo.?O seu trabalho acontece no interface entre vida e arte, explorando o interface da performance enquanto procura de novos meios de relação e experimentação coletiva. Paralelamente trabalha como pedagoga e coreógrafa no projeto Agora Faz tu! de Rui Catalão.
Ficha Artística
Direção artística Urândia Aragão
Co-criação e Interpretação Urândia Aragão e Momar Ndiaye
Colaboração artística Borut Bucinel e Chuma Sopotela
Colaboração dramatúrgica Rui Catalão
Desenho de luz Thomas Walgrave
Assistência artística Andrea Brandão
Produção Alkantara
Coprodução Teatro Maria Matos, 1space Project, TAGV, Pensamento Voador
Apoio Fundação Calouste Gulbenkian
Residências artísticas Pact Zollverein – Essen, Yachai Wass – Loreto, Peru; Espaço Alkantara – Lisboa; Teatro Maria Matos – Lisboa, Teatro Académico de Gil Vicente – Coimbra
Agradecimentos Ahu Lopez, Marta Fonseca, Luís Pinto, Carlos Oliveira, Léa Rault, Remah Jabr, Adonis Nébié, Ahmed Tobasi, Atta Khattab, Davor Sanvincenti, Zina Zarour, Michel Kiyombo e Ruben Castillejo
Fotografia Borut Bucinel
Informações Adicionais
Urândia Aragão é uma artista interdisciplinar que tem vindo a desenvolver o seu trabalho na área das Artes Visuais e Performativas. Na sua pesquisa confronta disciplinas como escrita, som, imagem na relação com o corpo.? Urândia tem vindo a desenvolver trabalho a solo e em colaboração desde 2005. O seu trabalho acontece no interface entre vida e arte, explorando o interface da performance enquanto procura de novos meios de relação e experimentação coletiva. Atualmente desenvolve pesquisa sobre o direitos humanos e não humanos, pensamento mágico e ecologia humana. Coordenou o projeto artístico e pedagógico BWARE desenvolvido pelo Alkantara e pela Escola António Arroio, moderou o projeto AWARE (Artists, Watch, Reflect and Exchange) no Alkantara Festival 2016. Participou no 1Space Project (Kvs-Brussels, Exodus-Ljublijana e Alkantara-Lisboa 2015/17). O seu trabalho é apresentado em Portugal e no mundo.
Momar Ndiaye começou a dançar como street dancer no Senegal e fundou o grupo Jappo de Oukam. Formou-se em Jazz, Afro-Jazz e Dança Tradicional Africana. Em 2004 criou a sua companhia de dança. Em 2008 começou a trabalhar com a coreógrafa Andreya Ouamba, o que alterou o seu interesse para a improvisação e a dança contemporânea. Teve formação em diversos contextos e com criadores como Salia Sanou (Burkina Faso), Martin Kravitz (USA) and Sidi Graoui (France/Morocco) entre outros. O seu mais recente trabalho “Toxu” foi apresentado no Belluard Festival na Suíça, no Danse L’Afrique Danse e no Festival St. Louis, Senegal, em 2015. Atualmente é artista convidado no projeto 1Space e frequenta o Master of Fine Arts degree in Dance na University of Illinois, Chicago, EUA.