Promotor
Universidade de Coimbra - Teatro Académico de Gil Vicente
Sinopse
Um triângulo amoroso, pautado pelo desejo e pelo mistério. É esta a história que Zerlina, a criada, conta ao senhor A., a história de como, apesar do seu casamento com o juiz conselheiro, a baronesa Elvira se envolveu com o senhor de Juna, e de como, numa estranha oscilação entre a inveja o desejo, também Zerlina decidiu conquistar o mesmo homem, vendo-se este perante as atribulações de ter de se livrar da mulher para satisfazer os caprichos das duas amantes.
Produção
Produção executiva Nuno Pratas
Ficha Artística
A partir de Hermann Broch
Versão de António S. Ribeiro com a colaboração José Ribeiro da Fonte
A partir da tradução de Susana Muñoz
Cenografia Pedro Cabrita Reis
Interpretação Luísa Cruz
Desenho de Luz Nuno Meira
Sonoplastia Sérgio Milhano
Notas Suplementares
Não se pode fazer bom teatro sobre alguma coisa. Só se pode fazer bom teatro com algumas belas coisas. Um texto sublime sobre a mais bela e terrível história de amor, uma bela e prodigiosa atriz que transformará em verdade o intenso monólogo da velha criada Zerlina, um magnífico canapé onde o senhor A. está no meio de um amontoado de móveis, a estender os seus inquietos pensamentos, a falar pouco e a ouvir muito, numa tarde quente de um domingo de verão, uma sala negra, íntima, uma janela alta com gelosias corridas que apenas deixa passar um pequeno raio de luz para ferir a obscuridade onde a revelação e o triunfo do texto devem acontecer. Tudo isto me oferecem.
A filosofia de um cineasta reside na luz, nas sombras, no enquadramento, na direção dos atores. Mas, aqui, o enquadramento está já decidido (o teatro acontece sempre em plano geral). Restam-me a luz, as sombras e a comunhão com a maravilhosa Luísa Cruz. O que não é pouco.
João Botelho
Encenador
João Botelho
Informações Adicionais
Espetáculo integrado na 21ª Semana Cultural da Universidade de Coimbra